Kerygma

Archive for Fevereiro 25th, 2009

Texto: Jo 13.1-11

Alguém já te fez algo que você não esperava? E por isso você ficou extremamente surpreso? Essas coisas podem acontecer!

“Antes da festa da páscoa ...”
A páscoa era a Festa em que os israelitas comemoram a libertação dos seus antepassados da escravidão no Egito (Êx 12.1-20; Mc 14.12). Cai no dia 14 de NISÃ (mais ou menos 1 de abril). Em hebraico o nome dessa festa é Pessach. A FESTA DOS PÃES ASMOS era um prolongamento da Páscoa (Dt 16.1-8).
Jesus nas poucas horas que lhe restava desejou ardentemente passar um pouco de tempo com seus discípulos desfrutando de uma comunhão gostosa. E não apenas isso, mas mesmo diante do que Ele iria enfrentar tirou tempo para atitudes que causaram surpresas.
Vejamos algumas atitudes de Jesus:

I – ATITUDE: EMPATIA (Vs.1b, 3)

Jesus não foi indiferente, Ele era sensível – (empatia – Tendência para sentir o que sentiria caso se estivesse na situação e circunstâncias experimentadas por outra pessoa);
As escrituras narra que ele tinha a capacidade de perceber a necessidade alheia (Mt 14.14 nos diz que: “… viu Jesus uma grande multidão, compadeceu-se dela e curou os seus enfermos”, no Evangelho de Marcos 6.34, está relatado: “… viu Jesus a multidão e compadeceu-se deles, porque eram como ovelhas que não têm pastor” );
Lucas vai dizer que Cristo “desejava ansiosamente partilhar a páscoa com seus discípulos antes do seu sofrimento” (Lc 22.15);
Possuir condições e ter privilégios não são razões para a arrogância;
A humilde conduta de Jesus não foi porque ele tivesse esquecido a sua condição de Filho de Deus. Seu ato demonstra que ter privilégios não são motivos para a vaidade própria.
Como temos procedido com as pessoas que estão próximas de nós?
Tenho me prontificado a descer ao mesmo nível delas?
O que tenho feito para aqueles que estão próximos de mim?

Uma outra atitude de Jesus que causou surpresa foi a sua…
II – ATITUDE: SIMPLICIDADE (Vs.4,5) – Modesto, Cortez, Educado.

Mesmo as tarefas mais humildes faziam parte das atividades de Jesus;
Nos Tempos de Jesus culturalmente lavar os pés era um elemento comum de hospitalidade, num país poeirento, onde as pessoas usavam sandálias;
Jesus o Mestre dos mestres, o Senhor dos senhores, não omitiu em se rebaixar e realizar tal tarefa;
Esta tarefa era geralmente realizada pelo membro mais humilde da casa (um servo/ou empregado).
Exemplo:
Certa feita Jesus foi recebido em uma casa de um Fariseu e quem deu as honras a Ele foi uma pecadora (Lc 7.44);

Uma outra atitude do mestre foi a sua …
III – ATITUDE: HUMILDADE (Vs.6-9)

Às vezes certas atitudes deixam as pessoas perplexas, assustadas. Foi o que aconteceu naquele dia horas antes do Mestre dos mestres, Senhor dos senhores ir à cruz;
Mesmo diante de um protesto Jesus não parou;
Pedro com sua habitual impulsividade (Lc 5.8; Mt 16.22; At 10.14), fez objeção à atitude de Jesus;
Ele não podia entender a humildade de Cristo;
Jesus havia recebido uma “MISSÃO” do Pai. Ele levou essa missão até o fim. Pedro precisava aceitar Jesus de acordo com o caminho que Deus traçou para o Messias seguir.

CONCLUSÃO

Em suma: Sermos “empáticos (não arrogantes)”, “simples (carinhosos, cortezes, amistosos)” e “humildes (servos uns dos outros)” é o que nos fazem mais parecidos com o Cristo.
Todos esses sentimentos do Cristo demonstra uma só atitude “O SEU AMOR”. Amor esse, por gente como eu e você. É assim que inicia o texto: “… tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim”.
Este AMOR é ilustrado na comovente cena do lava-pés, na qual o Filho de Deus não leva em conta, “o realizar”, o mais humilde trabalho de um servo (Fp 2.7-8).

Pequenas atitudes, mas atitudes que surpreendem são gestos que você e eu, que nós precisamos demonstrar para marcar as pessoas que estão próximas de nós. Você tem sido benção para as pessoas que estão em sua volta? Você quer ter uma mudança de comportamento? Se está convencido disto, que Deus te abençoe!

Publicado por: Pr. Alexandre Rodrigues de Souza
Ora, disse o SENHOR a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei; de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção! Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra
(Gênesis 12.1-3)

Nas Escrituras são acordos solenes, negociados ou impostos unilateralmente, que ligam as partes umas às outras em relações permanentes, definidas, com promessas específicas, com reivindicações e obrigações de ambos os lados (p. ex., a aliança do casamento, em Ml 2.14).

Quando Deus faz uma aliança com suas criaturas, só ele estabelece as condições, como mostra sua aliança com Noé e seus descendentes (Gn 9.9). Quando Adão e Eva fracassaram em obedecer os termos da aliança das obras (ver Gn 3.6 ), Deus não os destruiu, mas revelou a sua aliança da graça, prometendo-lhes um Salvador (Gn 3.15).

A aliança de Deus descansa sobre sua promessa, como fica claro da sua aliança com Abraão. Ele chamou Abraão para ir à terra que ele lhe daria e prometeu abençoá-lo e a todas as famílias da terra através dele (Gn 12.1-3). Abraão atendeu a chamada de Deus, porque creu na promessa de Deus; foi a sua fé na promessa de Deus que lhe foi creditada como justiça (Gn 15.6; Rm 4.18-22). A aliança de Deus com Israel, no Sinai, está na forma dos tratados de suserania do antigo Oriente Próximo. Estas são alianças impostas unilateralmente por um rei poderoso sobre um rei vassalo e um povo servo.

Ainda que a aliança do Sinai exigisse obediência às leis de Deus, sob a ameaça de maldição, ela era uma continuação da aliança da graça (Êx 3.15; Dt 7.7-8; 9.5-6). Deus deu os mandamentos a um povo que ele já havia redimido e reivindicado como seu (Êx 19.4; 20.2). A graciosa promessa da aliança de Deus foi posteriormente definida por meio de tipos e sombras da lei dada a Moisés. O fracasso dos israelitas em guardar a aliança de Deus mostrou a necessidade de uma nova aliança que assegurasse o poder para obedecer (Jr 31.31-34; 32.38-40; cf. Gn 17.7; Êx 6.7; 29.45-46; Lv 11.44-45; 26.12).

A aliança de Deus com Israel foi uma preparação para a vinda do próprio Deus, na pessoa do seu Filho, para cumprir todas as suas promessas e para dar substância às sombras apresentadas pelos tipos (Is 40.10; Ml 3.1; Jo 1.14; Hb 7-10). Jesus Cristo, o Mediador da nova aliança, ofereceu-se a si mesmo como o verdadeiro e definitivo sacrifício pelo pecado. Ele obedeceu à lei de modo perfeito e, como o segundo Adão (segundo representante da raça humana), ele se tornou o herdeiro – com todos os que pela fé se unem a ele – de todas as bênçãos relativas à aliança, paz e comunhão com Deus na sua criação renovada. Os arranjos temporários do Antigo Testamento para comunicar essas bênçãos tornaram-se obsoletos, quando se concretizou aquilo que eles prefiguravam.

Como a Carta aos Hebreus (caps. 7-10) explica, através de Cristo, Deus inaugurou uma melhor versão da sua úncia e eterna aliança com pecadores (Hb 13.20) – uma aliança melhor com melhores promessas (Hb 8.6), baseada num melhor sacrifício (Hb 9.23) oferecido por um melhor sumo sacerdote num melhor santuário (Hb 7.26-8.6,11,13). Essa melhor aliança garante uma esperança melhor do que aquela explicitada na versão anterior da aliança – glória com Deus numa “pátria superior, isto é, celetial” (Hb 11.16; cf. v. 40).

O cumprimento da velha aliança em Cristo abre a porta da fé aos gentios. A “semente de Abraão” – a comunidade com a qual a aliança foi feita – foi redefinida em Cristo, que é a Semente final e definitiva de Abraão (Gl 3.16). Os gentios e os judeus que se unem a Cristo pela fé tornam-se nele semente de Abraão (Gl 3.26-29), ao passo que ninguém, fora de Cristo, pode estar num relacionamento salvador de aliança com Deus (Rm 9.9-11; 11.13-14).

O objetivo da ação de Deus dentro da aliança é, como sempre foi, a reunião e a santificação do povo da aliança vindo de “todas as nações, tribos, povos e línguas” (Ap 7.9), que um dia habitarão a Nova Jerusalém, numa ordem mundial renovada (Ap 21.1-2). Aqui, o relacionamento da aliança encontrará a sua plena expressão – “Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles” (Ap 21.3; cf. Gn 17.7). Deus continua a moldar os eventos do mundo rumo a esse alvo.

A estrutura da aliança abrange toda a economia da graça soberana de Deus. O ministério celestial de Cristo continua a ser o de “Mediador da nova aliança” (Hb 12.24). A salvação é a salvação da aliança; regeneração, justificação, adoração e santificação são misericóridas da aliança; a eleição foi a escolha de Deus dos membros da comundiade da aliança, que é a Igreja. O Batismo e a Ceia do Senhor – que correspondem aos ritos da circuncisão e da Páscoa da antiga aliança e os substituem, são ordenanças da aliança. A lei de Deus é a lei da aliança, e observá-la é a mais verdadeira expressão de gratidão pela graça da aliança e de lealdade ao nosso Deus da aliança. A nossa aliança com Deus, em resposta à sua aliança conosco, deve ser o exercício devocional regular de todos os crentes, tanto em particular como na Mesa do Senhor. Uma compreensão da aliança da graça nos conduz através de todas as maravilhas do amor redentor de Deus e nos ajuda a apreciá-las.
Publicado por: Pr. Alexandre R. de Souza

Bibliografia: Bíblia de Genebra

Textos: Marcos 2.28; João 1.1-14; João 8.58; João 20.28; Filipenses 2.9-11; Colossenses 1.19

Para ser cristão, é indispensável ter fé na divindade de Cristo. Esta é uma parte essencial do Evangelho de Cristo no Novo Testamento. Mesmo assim, em todos os séculos, a Igreja tem sido obrigada a lidar com pessoas que alegam ser cristãs e ao mesmo tempo negam ou distorcem a divindade de Cristo.

Na história da Igreja houve quatro século durante os quais a confissão da divindade de Cristo foi uma questão crucial e polêmica dentro da Igreja. Foram os séculos IV, V, XIX E XX. Visto estarmos vivendo num século em que as heresias estão assaltando a Igreja, diante disso é imprescindível resguardarmos a confissão da divindade de Cristo.

No Concílio de Nicéia, no ano 325 d.C., a Igreja, em oposição à heresia Ariana, declarou que Jesus é gerado e não criado, e que sua natureza divina é da mesma essência (homo ousios) que a do Pai. Essa afirmação declarou que a segunda pessoa da Trindade é uma em essência com Deus o Pai. Quer dizer, o “ser” de Cristo é o ser de Deus. Ele não é simplesmente semelhante à Deidade – ele é a Deidade.

A confissão da divindade de Cristo é extraída do testemunho multiforme do Novo Testamento. Como o Verbo Encarnado, Cristo é revelado como sendo não só preexistente em relação à criação, mas também eterno. A Bíblia diz que ele estava no princípio com Deus e também que ele é Deus (Jo 1.1-3). O fato de ele estar com Deus exige uma distinção pessoal dentro na Deidade. O fato de ser Deus exige sua inclusão na Deidade.

Em outros textos, o Novo Testamento atribui a Jesus termos e títulos claramente divinos. Deus concedeu-lhe o preeminente título divino de Senhor (Fp 2.9-11). Como o Filho do Homem, Jesus reivindica ser o Senhor do Sábado (Mc 2.28) e ter autoridade para perdoar pecados (Mc 2.1-12). Ele é chamado o “Senhor da glória” (Tg 2.1) e recebeu adoração de bom grado, quando Tomé confessou: “Senhor meu e Deus meu” (Jo 20.28).

Paulo declara que a plenitude da Deidade habita em Cristo corporalmente (Cl 1.19), e que Jesus é superior aos anjos, tema este reiterado no livro de Hebreus. Adorar um anjo, ou qualquer outra criatura, não importa quão exaltada ela seja, é violar a proibição bíblica contra a idolatria. A expressão “Eu sou” repetida no Evangelho de João também testifica sobre a identificação de Jesus Cristo com a Deidade.

No século V, o Concílio de Calcedônia (451 d.C.) afirmou que Jesus era verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus. O concílio declarou que as duas naturezas de Jesus, humana e divina, eram sem mistura, confusão, separação ou divisão.

Esboço:

  1. A divindade de Cristo é uma doutrina essencial do cristianismo.
  2. A Igreja enfrentou crises causadas por heresias concernentes à divindade de Cristo nos séculos IV, V, XIX e XX.
  3. O Concílio de Nicéia (325 d.C.) afirmou a divindade de Cristo, declarando que ele é da mesma substância ou essência que o Pai, e que ele não era um ser criado.
  4. O Novo Testamento afirma claramente a divindade de Cristo.
  5. O Concílio de Calcedônia (451 d.C.) declarou que Jesus era verdadeiramente Deus.

Publicado por: Pr. Alexandre R. de Souza

Bibliografia: Verdades Essenciais da Fé Cristã de R. C. Sproul/ Editora Cultura Cristã


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